Mulher1

Ser mulher é uma luta diária. Ando na rua e não me sinto em paz, parece que a rua é dos homens. Não existe um momento se quer em que me sinto à vontade nos espaços sociais. Sempre me sinto ameaçada. Lembro bem de como isso começou. Quando tinha 10 anos, tinha recém menstruado e meu corpo começara a mudar, levei a minha primeira “cantada” na rua: feita por um homem mais velho, vizinho do bairro. Ele disse: “ques peitinhos gostosos, tá linda heim”. Tudo que eu fiz foi correr.

Chegará um dia em que poderemos andar na rua sem medo de estupro ou palavras nojentas. Continuemos na luta.